No domingo que passou, Belo Horizonte foi escolhida como uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014. Com a escolha, vem a necessidade de diversas melhorias na infra-estrutura da cidade. Mobilidade urbana, no transito, segurança, saúde, aeroporto e rodoviária, rede hoteleira, equipamentos e atendimento turístico. Sem falar na reforma do Mineirão. Tudo isto tem que ser melhorado.
Em todas as copas e em todos os países onde foram realizadas, cidades próximas às cidades sede foram transformadas em cidades sub-sedes. Esta é a nossa oportunidade que não pode ser desperdiçada.
Somos, em um raio de 100 km, a melhor, mais bela e mais bem estruturada nas proximidades de Belo Horizonte. Pleitear que nos transformemos em cidade sub-sede é mais do que nossa obrigação. É ter visão de futuro e saber aproveitar este evento impar como alavanca de nosso progresso e de melhorias para nossa gente. Podemos ter aqui, uma ou mais seleções importantes, hospedadas e treinando, com jogos treino acontecendo na Arena do Jacaré. Imprensa internacional aqui fazendo plantão e transmitindo para todo o mundo. Logicamente, como sempre acontece, a cidade também é divulgada e enaltecida. É a chance de inserirmos a cidade no turismo internacional.
Para oferecer, temos alem de nossas belezas naturais e um povo mais do que hospitaleiro, a já então reformada e ampliada Arena do Jacaré. O Governo do Estado anunciou a aplicação de R$ 15.000.000,00 para sua ampliação. Será a arena perfeita para os treinamentos e jogos treino.
A proximidade do Aeroporto Internacional de Confins é outro de nossos trunfos. Neste caso, é preciso começar já a mobilizar as cidades da região e da área de influência da Rodovia MG 424 para lutar pela duplicação desta importante estrada no sentido econômico e populacional. Trazer a Linha Verde até aqui. É uma luta que devemos somar à Sete Lagoas as cidades de Prudente de Morais, Funilândia, Matozinhos, Capim Branco, Pedro Leopoldo, Confins e São José da Lapa. Juntas, representam mais de 350.000 habitantes e um poderio econômico e industrial expressivo. Falta-nos resgatar a posição ha muito tempo perdida de Sete Lagoas como cidade pólo e líder para liderá-las para juntas trazerem o beneficio da estrada. Será estarmos, nós e as seleções hospedadas aqui, ligados de forma direta a região norte de BH, na nova Cidade Administrativa do Estado e ao Mineirão.
Temos aqui a na região hotéis resorts que podem perfeitamente receber as seleções. Basta citar o SPA Lagoa Grande, o JN Resort e o Águas do Treme na vizinha Inhaúma. Se a eles faltam os centros de treinamento, o tempo mais do que permite que sejam feitos. Se não, podemos pensar em um centro avançado onde foi a AABA. Esta lá pronta toda a infra-estrutura, bastando ser reformada e modernizada. Se não, podemos pensar ainda maior e implantar moderno centro de treinamento no alto da Serra de Santa Helena, com acesso direto ao JN e a BR 040 no sentido norte. Será um atrativo a mais de nossa serra. As opções são muitas e todas viáveis, desde que existam projetos arrojados e a parceria com a iniciativa privada seja buscada.
Na saúde, é preciso pensar agora, já, em uma ampliação do projetado Hospital Regional, com inauguração prometida para 2011. Fazer nele uma referencia em ortopedia e reabilitação física.
No transito e mobilidade urbana, é hora de projetarmos novas avenidas como o contorno da região da Boa Vista. Implantar o projetado anel viário entre outras.
Rever e melhorar o transporte coletivo. Voltar a pensar no sistema exclusivo de ônibus articulados com terminais urbanos e estações tubo que deixei projetado para a Av. Norte Sul ainda em 1993.
Nas comunicações, somos avançados neste ponto. Estamos interligados nas mais modernas tecnologias a todo o mundo. Só nos falta a internet aberta e gratuita por wireless em toda a área urbana. É fácil e de custo viável.
No turismo, revitalizar nossas atrações, tornando-as de nível internacional. O tão sonhado Centro de Convenções passa a ser necessidade. É nele que deve ser implantado o Centro de Imprensa.
Como se vê, a tarefa é gigantesca. É preciso pensar grande e por isto começar agora. Com desprendimento, sabendo que os benefícios serão para todos e permanentes. Depois da Copa, termos aqui uma arena internacionalmente reconhecida. Uma estrada de melhor acesso e indutora de novas atividades econômicas para a geração de empregos. O ou os Centros de Treinamento servirão depois para as pré-temporadas dos grandes times e para a formação de novos atletas. Hospital de excelência servirá para toda a saúde e de toda a população. Os avanços no transito e nos transportes serão compatíveis com a cidade moderna que todos buscamos. No turismo, nossa profissionalização e redenção.
O Governo do Estado e a Prefeitura de Belo Horizonte já formaram suas comissões de trabalho. Sabem o que querem. É hora da cidade se mobilizar como um todo. Lideranças, não só políticas, mas populares e empresariais. Ter a visão de que na Copa de 2014 possivelmente os agentes poderão ser outros, mas os benefícios, imensos, ficarão para toda a nossa gente e para as futuras gerações.
Emílio de Vascocelos Costa