Muito se tem falado sobre inclusão digital. Pouco tem sido feito. Centros de inclusão digital tem sido implantados em Sete Lagoas. Alguns públicos, outros privados, de entidades beneficentes. Atendem e bem, parcela de nossa população. O problema é que esta parcela é pequena. Enquanto temos hoje mais de 40.000 setelagoanos com acesso a internet, seja através de residências, seja através das lan houses ou ainda dos centros de inclusão, uma população 4 vezes maior não tem este acesso. A qualidade deste acesso é ainda pior. É preciso avançar. Avançar com a velocidade e amplitude da própria internet.

Então propomos: Vamos instalar redes de internet sem fio e a céu aberto em toda a cidade. Em banda larga. De alta velocidade. Gratuita. A tecnologia existe.

Imaginem como na Praça principal de Tiradentes, ou nos aeroportos, ou ainda como Pirai, no Rio de Janeiro, que tem toda a cidade coberta, até a zona rural. Basta ligar o computador e a rede sem fio Wi-Fi o conecta com o mundo através da net. Será a verdadeira e ampla inclusão digital. Os computadores serão em breve subsidiados pelo governo federal. A prefeitura pode instala-los nas escolas e prédios públicos da periferia. Todos terão acesso. O pequeno comerciante pode fazer sua movimentação financeira no próprio bairro. O profissional pode enviar seu currículo para as empresas e bancos de dados. O aposentado pode entrar com seu pedido de aposentadoria no INSS sem sair de casa. Compras poderão ser realizadas. Pagamentos idem. Guias de IPVA e outros impostos e taxas poderão ser emitidas sem precisar ir ao órgão responsável. Qualidade de vida. Toda a cidade ganha. Melhorará até o transito. O custo de transporte para o povo será minimizado.

O custo é viável. A menos de R$ 10,00 por habitante poderemos implantar em Sete Lagoas. Regras no entanto terão que ser criadas. O tempo de acesso, por exemplo, deverá ser limitado, senão ao invés de incluir os jovens, poderemos estar criando dependentes digitais. Sem censura, o conteúdo disponibilizado visará o estudo, o conhecimento e a facilitar a vida das pessoas.

Mas podemos e deveremos ampliar ainda mais. Vamos criar cursos profissionalizantes semi-presenciais. Imaginem um grande empreendimento sendo implantado na cidade e uma parceria da FUMEP com a UNIFEM, se for o caso envolvendo até a EMBRAPA, SENAI e SENAC. Empresas privadas participando. Vamos atender a demanda. Se precisarem de operadores de máquina vamos faze-lo. De pedreiros também. Por que não de técnicos mais qualificados? Faremos sim. Aulas em casa ou nos prédios públicos nos bairros. Aulas práticas nos fins de semana com o transporte escolar que fica ocioso levando a todos. As possibilidades são infinitas.

Mais do que inclusão digital. Faremos a verdadeira inclusão social. Será uma grande obra. Não física. Mas será a grande obra humana a ser edificada em nossa cidade.