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05-11-2007 - Saúde - Um retrato da falta de comando
O essencial não mudou. Permanece a falta de comando. A falta de uma verdadeira política publica de saúde para nossa cidade. Mudam-se os titulares da pasta de saúde, no entanto, permanece a falta de um

Já são seis os Secretários Municipais de Saúde. Sim 6 secretários nos 18 meses da atual administração municipal. Dá uma média de um secretário a cada três meses. E o que mudou? Mudou a competência do comprovadamente competente Cláudio Romano? Passou a ser competente o há meu ver competente Geraldo Donizete? Não o era quando foi exonerado a três meses e substituído por Cláudio Romano? Ficou mais capaz neste curto período?

A resposta infelizmente é nada. O essencial não mudou. Permanece a falta de comando. A falta de uma verdadeira política publica de saúde para nossa cidade. Mudam-se os titulares da pasta de saúde, no entanto, permanece a falta de uma diretriz maior e uma definição de comando por parte de quem os nomeia: O Prefeito Municipal.

Se incapaz de formular ou de ter uma diretriz maior de saúde, que tenha a humildade e abra o debate. Discuta nossas deficiências com a sociedade. Ouça-a. Pessoas capazes nos as temos. Falta é discussão e comando. O que não temos mais é tempo.

Vejamos.
Fala-se na construção de um hospital regional em Sete Lagoas. Aplausos. Em qual e para qual modelo de saúde pública? Vamos voltar a ser um pólo macro-regional de saúde ou vamos permanecer como pólo micro-regional com o hospital regional? E seu custeio para o funcionamento? Sabemos que as tabelas do SUS, não corrigidas na maioria dos casos a 13 anos são insuficientes para mantê-lo. No caso dos honorários médicos são ainda mais defasadas. Terão eles que serem contratados por salário. Quem vai pagá-los? O município? O estado? O governo federal? Qual será a vocação deste hospital? O municipal continuará existindo? Como pronto socorro? E o papel e viabilidade de Hospital Nossa Senhora das Graças? Como fica?
E alternativas? Caso não se concretize a curto \ médio prazo?

Que tal discutirmos um modelo alternativo. O hospital municipal transformado em Hospital de Pronto Socorro. O filantrópico Hospital Nossa Senhora das Graças recebendo investimentos para aumentar seu atendimento na alta complexidade. Temos hoje vários prédios e edifícios abandonados ou semi-utilizados que podem se transformar com baixo custo em hospitais mais simples, para internações de menor risco e complexidade, descentralizando o atendimento. Cito somente como exemplos o prédio do Seminário do Bairro do Carmo e o inacabado Mercado Distrital do Bairro Jardim Europa. Se quisermos manter a centralização cito o prédio do antigo SERPAF em frente ao Nossa Senhora das Graças. Vale a discussão e o debate.

Por outro lado saúde não se resume a hospitais. Longe disso. Os PSFs tem que ser aumentados e atingir à toda cidade. Quero que os postos de saúde sejam mais do que os 8 que a cidade tem hoje. Que sejam mais do que os 13 que a cidade tinha em 1992. Que eles, os postos de saúde tenham maior resolutividade, desafogando assim os hospitais da cidade. É inadmissível que se tenha que ir ao Hospital Municipal para se fazer sutura de pequenos cortes, disputando fila com doentes e acidentados de maior gravidade. E a implantação das UPAs, Unidades de Pronto Atendimento para descentralizar o atendimento e dar conforto ao usuário? Vamos tê-las? Como devem ser?

O mais importante, qualificação, treinamento e incentivo dos profissionais de saúde. Do faxineiro ao cirurgião especializado. Onde está? Aqui a resposta é fácil. Depois de feito, é preciso implantar a avaliação por resultados. Implantar a visão de que o paciente e o usuário são os patrões e os clientes e assim devem ser tratados. Acabar com a política do favor, do empreguismo, do fisiologismo e do paternalismo e substituí-la pelo que deve comandar todas as ações públicas: o foco nos resultados. Estamos falando de vidas.

Poderíamos nos alongar mais. Saúde preventiva. Erradicação e controle de doenças. Da maior doença que nos aflige, a fome. Cuidar da segurança é saúde. Do transito também. Nada disso hoje em Sete Lagoas é contemplado por verdadeiras Políticas Públicas. Sim, com P maiúsculo.

Para resumir: Somos uma cidade cuja administração municipal aumentou os gastos em saúde de 17 milhões de reais em 2005, para 29 milhões de reais em 2006, um aumento de mais de 70% de um ano para o outro. Para onde foram estes 12 milhões a mais? Foram para a qualidade na prestação dos serviços de saúde ou foram para o inchaço da máquina pública usados para se fazer política (esta com p minúsculo) com nosso dinheiro público? Somos uma cidade com cinco médicos na Câmara Municipal. Onde esteve o debate e a formulação de propostas? E a fiscalização sobre o destino do dinheiro aplicado?

As perguntas são muitas. O debate nenhum. Quem deveria respondê-las está mais preocupado é com nomeações e atendimentos políticos (novamente com p minúsculo). O povo, sofrido, atendido em macas nos corredores, sem solução nos postos de saúde, tem muitas das respostas. Alguns, infelizmente já não podem responder. O descaso e o desvio de interesses os levou.

Emílio de Vasconcelos Costa
falecom@emiliovasconcelos.com.br



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